ARTIGO – Intolerância, fanatismo e poder: inimigos da liberdade

ARTIGO – Intolerância, fanatismo e poder: inimigos da liberdade

Os atentados terroristas de Paris nos levam a reflexão sobre intolerância, poder e democracia através de grave atentado contra a liberdade de imprensa.

Afinal, os irmãos muçulmanos não podem ser culpados pelo ato de minoria fundamentalista intolerante. O terror é espalhado por gente que esconde o rosto para distribuir violência contra inocentes, porque lhes faltam argumentos e capacidade intelectual para o debate de ideias.

E, isto não é exclusividade da intolerância religiosa.

Isso porque, outros grupos de pressão também se formam, em diversos setores, para disseminar o veneno do ódio, a opressão sobre incautos, a vitimar inocentes tentando fazer prevalecer o que pensam ser a verdade absoluta. Assim, a história da humanidade, infelizmente, está repleta de exemplos assim.

Não conseguindo impor a sua “verdade” estes grupos atacam a imprensa e, para chamar a atenção, partem para a vil truculência.

Paris mostrou ao mundo o terror dentro de uma redação. Terroristas armados enfrentando cartunistas munidos de canetas e pincéis, protegidos por escudos de papel, no covarde viés da surpresa, sem chance de defesa e na incapacidade de qualquer reação.

A liberdade é o nosso melhor caminho!

Assim o terror, com sua barbárie, tenta banir a liberdade de imprensa justamente na expressão do humor.

Quem queria intimidar está vendo a humanidade repudiando o ato. Esta é a grande lição. Existem princípios e valores que não se calam.

Ortega y Gasset frisou que a liberdade é o apelo mais nobre que já ressoou do planeta, a disposição de conviver com o inimigo e destes o mais fraco: o fraco de caráter!

Tem razão. Quem apenas acredita na sua própria verdade, e não presa a liberdade, aniquila, extermina, acaba, mata o adversário de pensamento. E isto é próprio dos totalitários.

A liberdade de imprensa é um bastião da democracia. Querer impor limites, controle social, qualquer tipo de censura é renunciar a nossa própria liberdade.

Me revolta ver um debate que querem instaurar no Brasil, por parte de próceres de uma esquerda retrógrada, de que o atentado terrorista de Paris não ofende a liberdade de imprensa, tendo em vista de que supostamente – para eles – o veículo francês fazia críticas politicamente incorretas. Ora, pois, tem gente que não gosta da crítica, mas não dispensa o fabuloso dinheiro que recebem dos cofres governamentais. E, recebendo o dinheiro suado do contribuinte como pago para suas penas, não querem a imprensa livre pois a qualquer momento podem ser denunciados.

Creio que não podemos assistir passivamente os atentados de Paris, imaginando que ninguém quer nos calar por aqui. Querem sim. Precisamos estar vigilantes contra qualquer intimidação da imprensa, em qualquer lugar do mundo.

Afinal, como aprendi, a vida é uma eterna busca pelas liberdades que ainda não conquistamos e uma incessante defesa das liberdades que tentam nos tirar.

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