CHEGA DE IMPOSTOS ABUSIVOS
Estou deputado na Assembleia do Paraná há sete mandatos. Sempre recebendo a confiança dos paranaenses, especialmente de Ponta Grossa e dos Campos Gerais.
Nunca mudei de região e me mantenho firme aos meus princípios e ideais.
Já fui eleito para ser situação e oposição. Busco a todo o tempo entender o recado dos eleitores e me esforço para cumprir a missão que tenho recebido. Jamais mudei de partido ou de lado porque acredito porque sei quem represento.
Justamente por isso consegui, até com certa facilidade, exercitar o diálogo constante. Na oposição ou na situação jamais fui radical. Tenho a obrigação de votar com minha consciência, dentro daquilo que considero certo e verdadeiro.
Tem sido assim ao longo dos anos.
Agora vivemos uma crise sem proporções. Crise de responsabilidade do governo federal, que gasta mais do que recebe. Que armou um estado inchado, pesado e ineficiente que está perdido em relação à gestão do país e não mais responde aos anseios da sociedade.
Quando a crise bateu em nossas portas fizeram de conta que não era conosco. Foi um tal de declarar que era uma “marolinha”. Tiveram até a pachorra, e os jornais registraram, de dar cátedra a governantes de outros países que diziam que o Brasil era maior que a própria crise. Porém, eles fizeram a lição de casa, cortaram na carne e saíram da turbulência, encorpados e mais fortes do que entraram. Já por aqui, a pequena onda era só uma blague ou um blefe. Nada fizeram e a marola virou tsunami.
A crise então se apresentou forte, afetando ricos e pobres, de todas as regiões do Brasil.
Diante do caos, os governos estaduais precisaram fazer reformas tributárias, e aqui falo especificamente do Paraná. Paguei o preço e votei a favor das medidas de austeridade, diante da necessidade de evitar que acontecesse aqui o que os gaúchos, por exemplo, estão passando. Sabia que, se naquele instante, o governo não agisse, o Estado corria sérios riscos de quebrar.
Depois de aprovados os aumentos de impostos, senti conforto ao saber que o governo havia ajustado o caixa, projetando um bom superávit para 2016, com expectativa de novos investimentos.
Agora fomos todos nós surpreendidos com uma nova mensagem, o PL 662/15, proposta pelo secretário Estadual da Fazenda, aumentando novamente os impostos.
Eu havia alertado o governo do Estado de que a sociedade não aguenta mais estes aumentos. Mesmo assim a medida veio ao parlamento. Então ergui minha voz.
Era a força da experiência me dando respaldo para agir. Tanto que em seguida, as mais representativas entidades do Paraná, entre elas a OAB, a FIEP, FAEP, Ocepar, passando por tantos representantes do empresariado, dos setores produtivos, de empregados e trabalhadores, me entregaram um documento dizendo o mesmo: chega de tantos impostos. Xô CPMF!
Todos pagam impostos neste país independentemente da condição social. Uma das maiores cargas tributárias do mundo, sem a devolução ideal em serviços públicos. Ninguém aguenta mais pagar tantos tributos nos âmbitos federal, estadual e municipal!
Chegamos a um ponto em que não se trata de ser situação ou oposição. A hora exige seriedade e respeito. Não é momento de aumentar mais impostos, sem a contrapartida do Estado de ao menos cortar despesas, um bom começo é reduzir ministérios.
Sei que alguns ainda consagram a máxima do dividir para governar. Para mim o momento exige união para sobreviver.
É preciso respeitar o antagonismo, abandonar velhas práticas, readquirir a confiança da população para seguir em frente.
Quem não entender isto vai ficar para trás.
Portanto, já disse uma vez e repito agora: xô, CPMF! Xô com os impostos abusivos.
Quem gera a riqueza deste País é a sua população.